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Educação ao Paciente e Familiar

Broncoaspiração: entenda o que é

A broncoaspiração é um processo pelo qual alimentos, líquidos, saliva ou vômito entram nas vias aéreas, passam pelas pregas vocais e chegam até os pulmões, podendo causar pneumonia ou morte por asfixia.

 

Pessoas com dificuldade para engolir alimentos, líquidos, medicamentos e/ou saliva e que apresentem engasgos ou tosses durante e após a alimentação podem correr esse risco. Além disso, algumas doenças podem causar a broncoaspiração, como as neurológicas, demência, tumores na região da cabeça e do pescoço e algumas outras condições - como causas respiratórias, intubação orotraqueal prolongada, presença de traqueostomia, sonda de alimentação, sonolência e agitação, por exemplo.

 

Ao evitar a broncoaspiração, é possível prevenir tanto complicações respiratórias, como pneumonias aspirativas quanto o agravamento do quadro clínico do paciente - e, consequentemente, o aumento do tempo de internação hospitalar e possíveis reinternações.

 

Ao longo da internação esses riscos podem ser adquiridos e sua percepção será imensamente importante. Avise a equipe de saúde se notar qualquer alteração.

Broncoaspiração com risco confirmado: como evitar?

Após a confirmação do risco de broncoaspiração, algumas medidas poderão ser necessárias para garantir a segurança do paciente. Tais como:

 

  • Manter a cabeceira elevada em pelo menos 30º quando não for o momento de alimentação e o mais elevada possível, pelo menos acima de 60º, para alimentação;
  • Garantir a higiene oral adequada, mesmo aos pacientes que não se alimentam por via oral;
  • Oferecer apenas a consistência alimentar indicada pela equipe: pode ser necessário ajustá-la para uma de menor risco;
  • Se for necessário, espessar os líquidos e garantir que estejam na consistência adequada conforme indicado pelo fonoaudiólogo;
  • Nunca oferecer líquidos, alimentos ou medicamentos para o paciente deitado com a cabeceira baixa;
  • Não oferecer alimentos ou líquidos para o paciente sonolento;
  • Em caso de enjoo ou vômito, comunicar à equipe de enfermagem;
  • Em caso de engasgo ou tosse, suspender a oferta da alimentação e comunicar à equipe;
  • Avaliação/acompanhamento fonoaudiológico.
Grupo de máscara 2
Grupo de máscara 2

Nossa equipe de enfermagem está apta a identificar pacientes com riscos de broncoaspiração e seguir os cuidados de prevenção e protocolos de segurança.

Queda: a importância de evitar riscos

Grupo de máscara 5

A queda é um evento indesejável que pode causar desconforto ao paciente e acompanhante e, em casos que ocorram algum tipo de lesão, pode aumentar o tempo de internação e o custo do tratamento.

 

Quedas podem causar complicações, como fraturas ou lesões de diferentes gravidades - desde pequenas escoriações,traumatismos cranianos e até a morte. Por isso, é importante que pacientes e seus acompanhantes adotem uma série de cuidados que podem evitar esse tipo de acidente no ambiente hospitalar.

Grupo de máscara 5

O que pode causar a queda do paciente?

  • Estar enfermo e em ambientes novos e desconhecidos;
  • Extremos de idade (criança ou idoso);
  • Necessidade urgente de usar o banheiro;
  • Histórico de queda anterior;
  • Tontura, confusão mental, falta de ar, perda de força muscular nos braços e pernas, dificuldade para andar, ouvir ou enxergar;
  • Certos medicamentos, tais como remédios para dormir, para dor, para pressão alta, diuréticos, laxantes;
  • Procedimento sob sedação nas últimas 24 horas;
  • Uso de dispositivo (sondas, drenos, soros, órteses e próteses).

O papel da equipe multidisciplinar na prevenção de queda do paciente

  • Todos os dias, o enfermeiro classifica cada paciente em Baixo, Moderado ou Alto Risco para Queda e Dano Grave, utilizando uma escala com critérios que consideram os fatores que podem causar queda e provocar dano grave;
  • Orientações serão oferecidas ao paciente e acompanhante na admissão e, conforme a classificação do risco, serão reforçadas diariamente;
  • A equipe assistencial deixará o quarto organizado para circulação - a cama baixa, com as rodas travadas e com as grades superiores da cama elevadas. Se o paciente apresentar sonolência ou agitação, todas as grades deverão permanecer elevadas;
  • Pulseiras de identificação serão colocadas nos pacientes classificados em Alto Risco para Queda e Dano Grave para que visualmente a equipe de todo o hospital reconheça a necessidade de oferecer cuidados específicos; 
  • As áreas de risco (piso molhado, desnível de piso) serão sinalizadas;
  • Campainha e objetos de uso pessoal e frequente serão colocados próximos ao alcance das mãos do paciente; 
  • Para os pacientes internados com Moderado ou Alto Risco para Queda e Dano Grave, serão realizadas visitas ao quarto para verificar a segurança no mínimo a cada 3 horas ou na periodicidade combinada com o paciente; se o paciente estiver acordado será ofertada a ida ao banheiro;  
  • Um ponto de iluminação será ligado no período noturno.

O que o paciente e seu acompanhante podem fazer para prevenir a queda?

  • Participar do processo de Prevenção de Quedas, entendendo a classificação de risco do paciente e seguindo as orientações diárias;
  • Pacientes classificados com Alto Risco para queda e Dano Grave e seus acompanhantes nunca devem baixar as grades da cama e devem sempre solicitar ajuda da equipe assistencial para ir ao banheiro;
  • Pacientes que realizaram procedimento cirúrgico deverão levantar pela primeira vez da cama apenas com o auxílio da enfermagem;
  • Informar à equipe assistencial sobre quaisquer mudanças: alteração de comportamento, tontura, fraqueza ou outro sintoma;
  • Nunca deixar o paciente de Alto Risco para Queda e Dano Grave sozinho e comunicar a ausência de acompanhante à enfermagem;
  • Em ambiente de risco, sempre utilizar barras de apoio, ter atenção nos degraus, solicitar ajuda em locais de desnível de piso;
  • Manter o caminho livre dentro do quarto, utilizar chinelos antiderrapantes, além de não utilizar roupas longas e não caminhar em piso molhado.
Grupo 2
Grupo 2

Nossa equipe de enfermagem é preparada para checar todos os riscos e realizar visitas individuais para conscientizar pacientes e familiares sobre os riscos de broncoaspirar e de quedas.